
A Bolacha Preta é uma banda cearense que faz releituras de músicas brasileiras setentistas. O nome da banda é uma homenagem ao saudoso vinil. Vale a pena conferir a entrevista feita com os garotos da banda:
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O arquivo deste colecionador, jornalista e historiador, virou vídeo-documentário e está circulando pela cidade de Fortaleza. O "Arquivo Nirez vai à Praça" é o nome do projeto que possui apoi do Governo do Estado do Ceará e pretende levar a cultura e memória de nossa cidade aos espaços públicos e privados. Dezenove lugares já foram contemplados.
No vídeo, imagens da inauguração do Cine São Luiz, dos jangadeiros no Mucuripe e a antiga Praia de Iracema. Seu Nirez possui mais de 30 mil fotos antigas da cidade. O documentário também é agraciado pelo depoimento do arquiteto e compositor Fausto Nilo, além de outras personalidades.
Alguns dos lugares onde já é possível conhecer a obra são: Praça do Ferreira, Estoril, Passeio Público, Praça de Fátima, IFCE - CE, Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Comerciários, Cia. Docas, DETRAN, Mincharia, Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, Shopping Benfica e Mercado dos Pinhões. As intituições interessadas em levar a mostra do Arquivo Nirez para determinado espaço devem entrar em contato pelo telefone (85) 8748.1505 ou 9907.7157.
Projeto Disco de Cera
O Arquivo Nirez, possui um acervo de mais de 141 mil peças, dentre elas a coleção de 22 mil discos de cera (78 rpm) considerada uma das maiores do país do gênero de discos brasileiros com gravações comerciais. Conhecido pelo seu grande acervo de discos de cera, fotos, livros, partituras e objetos antigos, o Arquivo Nirez canhou um catálogo virtual em 2008, em parceria com a Petrobrás, que pode ser conferido aqui. O próximo passo de seu Nirez é colocar as músicas do seu acervo de discos digitalizadas e disponíveis na internet, em parceria com o Ministério da Cultura (MinC).
Serviço
Arquivo Nirez Vai à Praça
Informações ou solicitação para apresentações: (85) 8748.1505 ou 9907.7157
Em busca de um diploma universitário, mais e mais jovens da Guiné-Bissau estão vindo morar em Fortaleza. O grupo chama atenção pelo visual exótico e pela forma como mantem suas referências sócio-culturais
Em algumas famílias da Guiné-Bissau já virou até tradição enviar os filhos mais velhos para estudar no Brasil. Após prestar o vestibular, eles escolhem o país que melhor se encaixa nos seus padrões financeiros ou aquele que mais desperta o interesse e a vontade de conhecer.
Alguns preferem o Brasil por saber que o custo de vida aqui é mais baixo do que na Europa. "É questão de opção de cada um. O povo brasileiro é muito acolhedor! Além disso, aqui os produtos são bem mais baratos. E como quase 90% dos estudantes vem por conta própria, é um lugar mais fácil para se sustentar com o dinheiro que a família manda", conclui Sidónio Vicente, 26 anos.
Além de estudar Ciências Contábeis, Sidónio também é Presidente da Associação de Estudantes Guineenses do Estado do Ceará. Morando no Brasil há três anos, ele conta que achou melhor terminar os estudo por aqui, porque não há muita burocracia para entrar no país.
Encontrar um grupo de guineense não é uma tarefa difícil. Basta dar uma caminhada na Rua Marechal Deodoro, no bairro Benfica. É nesse endereço que muitos moram. Alí compartilham o quarto, as compras de casa e as novas experiências.
Praia, musica e paquera
Belobiga Soares, 21 anos, chegou em Fortaleza há apenas 10 meses para se especializar em Rede de Computadores. E apesar do pouco tempo, Biga, como prefere ser chamado, já sabe dizer o que mais lhe chamou atenção na cidade. “São lindas as praias daqui, sempre que podemos vamos na praia do futuro”, revela. Mesmo sem abrir mão do visual típico dos jovens guineenses, os estudantes vão se adaptando rápido ao jeito cearense de ser.
Além das musicas típicas de Guiné-Bissau chamada “Gumbé”, que é a mais escutada dentro de casa, o forró também tem o seu lugar reservado.“Forró é ótimo!”, exclama Biga. “Nós gostamos de escutar forró e samba. Às vezes vamos para uma casa de forró que tem aqui perto e dançamos um pouco com as nossas namoradas”, lembra.
Quando o assunto é paquera, a turma se anima. Todos são namoradores assumidos. “Uma das coisas que mais gostamos aqui foram as mulheres, são muito bonitas”, dizem os rapazes.
Mas, mesmo admirando a forma do povo brasileiro ser, o grupo guineense faz questão de manter suas raízes. Começando pelo figurino.
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Curiosidade musical
A música da Guiné-Bissau é normalmente associada com género poli-rítmico denominado de "gumbé," que constitui a primeira exportação musical do país. Diz-se que a cabaça ou simplesmente "cabaz" foi um dos primeiros instrumentos musicais da Guiné-Bissau e é usado de uma forma extremamente rápida, produzindo sons que também provocam complexas danças, sejam elas tradicionais ou modernas.
O grande denominador de estilo Gumbé são as canções, muitas delas cantadas em Crioulo e revolvendo à volta de temas tais como a sociedade, as relações humanas e amorosas, a amizade, as controvérsias e muito recentemente noutros tópicos, nomeadamente o Sida e as questões políticas e da estabilidade do país. A palavra "Gumbé" é sempre usada genericamente, albergando quase todos os estilos musicais da Guiné-Bissau. Todavia, o estilo "Gumbé" tem juntado mais de umadezena de géneros musicais -- conhecidos como músicas folclóricas ou tradicionais. Alguns exemplos destes estilos são: Tina, Tinga, Brocxa, Kussundé (da etnia Balanta), Djambadon (Mandinga), e Kunderé (Bijagós). Muito embora alguns destes estilos sejam apropriados para rituais, cerimónias tradicionais e fúnebres, a pouco e pouco eles estão sendo incorporados na música contemporânea de Gumbé.
Mas, o que significa a palavra "Gumbé'? Aqui está uma argumentação comum: o Gumbé tem como base um tambor de mesmo nome (também chamado sikó, ou "tambor d'água" pelos guineenses), cheio de água e sonorizado através de uma cabaça, reintroduzido na África por volta de 1800, quando um grupo de escravos foi libertado na Jamaica e transportado num barco até Serra Leoa.
Outro elemento relevante quando se fala da música da Guiné é a união que ela incentiva entre guineenses de diversas etnias e religiões.
Por Traduções, adaptação, redacção e actualização: Umaro Djau